Salve pessoal! Demorou, mas estamos de volta com os relatos da minha campanha usando o Forte das Terras Marginais (que está de volta! Se ainda não tem, compra já), recheado de dicas para os mestres!
Depois de muito perigo contra o perigoso Homem Cobra (veja aqui), o grupo aproveita seus ganhos, relaxando um pouco na vila.
Alguns dias se passam até que, como de costume, o perigo e a aventura vão de encontro aos aventureiros. Uma caravana comercial havia se estabelecido no lago ao norte do Forte; ignorante dos perigos da região, foi atacada por trogloditas, que capturaram os comerciários (ao menos os que não foram mortos). Por sorte, dois deles conseguiram escapar e conseguiram alcançar a Vila.
Desta forma, o grupo toma conhecimento do ocorrido e, mais por vontade de fazer o bem que pelo lucro, decide ajudar a resgatar os prisioneiros.
A aproximação do covil dos trogloditas é silenciosa, feita a noite. Rocco parece ansioso para aniquilar as criaturas, mas Ivan lembra que os monstros poderiam estar apenas defendendo seu território, sem a intenções malignas. Além do mais, enfrentar uma tribo inteira não parecia a melhor das ideias!
Após rápida discussão, eles tentam convencer os trogloditas que se indispor com os comerciantes era o mesmo que se indispor com o Forte, pois este não acharia de bom grado ter o seu comércio interrompido. Contudo, as criaturas não pareciam entender a lógica por trás dos argumentos, e resolveram adicionar o grupo ao número de prisioneiros.
Espadas desembainhadas e machados preparados. A batalha começa!
O mago Didac adormece um pequeno grupo com sua magia, enquanto Ivan e Raja tentam se posicionar para enfrentar os inimigos sem colocar os prisioneiros em perigo. Rocco e Arnold Palmer lutam ferozmente, de forma que o mercenário arranca a cabeça de uma das criaturas com um potente golpe de sua espada bastarda!
Mas como os deuses, assim como nós, gostam de jogar dados, o azar não tarda a chegar. Arnold Palmer erra a defesa de um golpe inimigo e tem seu peito letalmente perfurado por uma lança.
O resto parece ocorrer como se não houvesse mais som no mundo. Armas se partem, corpos são perfurados e cortados, e no sangue é derramado no solo. No fim, Arnold jaz nos braços de seu amigo Rocco, que chora a morte do amigo.
DICAS PARA O MESTRE
Usando Elementos dos Entornos
Quem leu O Forte das Terras Marginais sabe que há muita coisa em volta do Forte. Usar qualquer elemento desses dá mais vida ao cenário, pois acrescenta recursos narrativos e especulativos ao nosso jogo. O que será que esses trogloditas faziam ali? Será que foram expulsos das Cavernas do Caos? Ou eles vem de terras mais distantes?
Deixe os Dados Falarem (na maioria das vezes)
Nem tudo deve ser resolvido apenas com o dado. Se o Mestre julgar que uma ação deve ocorrer, em prol da diversão do grupo, que deixe acontecer! Porém, coisas interessantes podem ocorrer quando seguimos a sorte dos dados. A morte de Arnold Palmer ocorrer por seguirmos a regra opcional dos críticos. A infelicidade dele foi que o resultado da jogada culminou na perda instantânea do personagem, mas o ganho em termos narrativos do jogo foi enorme.
A regra, claro, vale para os dois lados. Desta forma, na mesma aventura Rocco decapitou um troglodita em seu primeiro acerto!
Nas aventuras seguintes, a morte de Arnold moldaria decisões interessantes no grupo, e ignorar o fato seria privá-los de uma parte interessante da diversão.
A Morte do Amigo
Bom, não tenho muito a dizer, que já não tenha sido dito aqui.
Eliminar Arnold Palmer não foi uma escolha, foi um acaso, mas serviu muito bem para nossa campanha. Mestre, não tenha medo de perder um NPC, e não tenha receio de chatear um jogador caso este perca seu personagem. Parte da graça do jogo está no risco de perder o que foi conquistado (tesouro, itens mágicos, personagens evoluídos, etc). Se o risco não for real, cadê o desafio?